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Imagem: Christer Lieberath. Cartaz utilizado em campanha da ONU para a promoção do fim da pobreza, 2010. |
O Natal chegou e junto com ele chegaram as festas e os presentes que aquecem o mercado durante essa época. Enquanto isso, a cada ano que passa, o verdadeiro sentido do Natal é esquecido, tornando o lado material mais importante do que o lado espiritual. O Natal é tempo para refletirmos sobres os verdadeiros valores.
Todos os dias deveríamos refletir sobre um número e esse número é "1 bilhão". Essa é a quantidade de pessoas, que de acordo com a ONU, passam fome todos os dias. Para alguns esse valor pode ser não muito significante... Mas são 1 bilhão de pessoas que sofrem todos os dias com a falta do insumo mais importante para a sobrevivência humana, o alimento. Todos os dias homens, mulheres, jovens, idosos e crianças dormem com fome em vários lugares do mundo. Devido a subnutrição, milhares de crianças morrem todos os dias, e as que sobrevivem ficam com sequelas para o resto da vida. Essa é uma triste realidade que não é somente vista em países como os que estão localizados na África, essa realidade é bem próxima, está no nosso estado, na nossa cidade, na nossa comunidade, mas muitas as vezes ignoramos.
Esse estado de privação é muito mais sério do que imaginamos. Se essas pessoas não tem acesso à alimentação, que o bem mais fundamental que o ser humano pode possuir, elas consequentemente são carentes de vários outros recursos. São pessoas carentes de moradia, saúde, educação... Uma em cada sete pessoas vivem com menos de 2 dólares por dia. Como uma mãe que recebe menos de 2 dólares por dia pode manter a sua família de forma digna? São pessoas que são esquecidas e tratadas como descartáveis.
Não podemos mais aceitar que 1 bilhão de pessoas passem fome num mundo onde sobra alimentos. Devemos cobrar dos Estados politicas públicas mais sérias, que busquem promover não somente o Crescimento Econômico com o aumento do PIB, exportação de grãos, PNB entre outros, mas politicas que também promovam a melhoria na qualidade de vida. Isso pode ser uma ideologia, mas não podemos mais ignorar essa triste realidade. Esse é um desafios para toda a sociedade e para nós, jovens economistas. Nós não podemos sair da universidade conformados com o sofrimento diário de 1 bilhão de pessoas.